terça-feira, 4 de maio de 2021

Gratidão é um sentimento. Como são a felicidade, a raiva, a alegria, o ódio, a inveja, a misericórdia.

Os sentimentos são informações que todos os seres biológicos são capazes de sentir nas diferentes situações que vivenciam. Todo ser é dotado de sentimentos e eles são diferentes entre si.

A parte do cérebro que processa os sentimentos e emoções é o sistema límbico.

Em outras palavras, as emoções nos atingem e são traduzidas pelo cérebro em sentimentos.

Trata-se, então, de operação que consome energia e capacidade de processamento do cérebro.

Apesar de sua gigantesca capacidade, nosso cérebro foi condicionado ao longo dos anos a trabalhar de determinada maneira. Como é um órgão que busca sempre economia de energia, ele automatiza seu funcionamento.

Utilizamos um sistema de crenças e valores que direcionam nossas ações. Com o passar do tempo o automatismo cresce e as pessoas se mostram cada vez mais “certas”, poucas vezes abrindo espaço para novas ideias e conceitos.

Imaginem caixas dentro do cérebro. Em cada uma delas, há ideias ou pensamentos, conceitos sobre diversos assuntos.

Se estas caixas estão cheias, não é possível colocar coisas novas, certo?

As perguntas mais importantes são: suas caixas estão cheias? Cheias de quê?

Analisem. Reflitam. Meditem.

Se estão lotadas de coisas boas como amor, bondade, amizade, alegria, gratidão, você vibra em alta frequência, transmitindo essa energia de alta qualidade a todos à sua volta e para o Universo como um todo.

Porém, se o espaço está ocupado com medo, egoísmo, rancor, raiva, inveja, carência, que tipo de energia você está passando aos outros? Que informação você transmite ao Universo e que, inevitavelmente, retorna a você?

 

Gratidão

Voltando à gratidão, a lógica é simples.

Se suas caixas estão cheias desse sentimento, você vai perceber, notar, sentir o bem que te fazem instantaneamente. Por mera questão de ressonância.

Agora, se você está lotado de outros sentimentos, não irá reconhecer as ações que te trazem benefícios. Simplesmente por não haver espaço para entrar.

A sugestão é limpar a bagunça, esvaziar as caixas, permitir-se experimentar o novo. Quando se faz isso, nosso olhar se expande, nosso sentir se apura e conseguimos perceber o que nos serve e aquilo que não nos é útil.

E como é um processo, sentir gratidão pode se tornar um hábito. Basta treinar, praticar.

Olhe à sua volta, analise o que te rodeia. Sem pressa. Use o coração. Reconheça o bem que te fazem. Logo, você vai retribuir. Sem perceber...


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016



Assassinos profissionais arriscando suas carreiras e vidas; o Presidente do Brasil na árdua empreitada de fazer as mudanças necessárias, principalmente na preservação do meio ambiente; um magnata envolvido em atividades suspeitas; policiais íntegros à caça de respostas. 
Esses ingredientes em meio a experiências envolvendo alta tecnologia, levam o leitor a uma trama intrincada tendo como cenários Brasil, Estados Unidos, Itália, Espanha, França, Grã-Bretanha. 

Em lugares maravilhosos, onde a vida corre tranquilamente, inocentes são arrancados de suas pacatas existências e jogados em um mundo desconhecido. Restam angústia, vingança, busca por justiça e extraordinárias oportunidades para reflexão e crescimento. 

No final do século XX e início do século XXI, em que a distinção entre o bem e o mal é cada vez mais difícil, a sombra dentro dos homens entorpece os sentidos e escurece a visão. 

Combinando elementos de ação, suspense e até aspectos filosóficos, o autor teceu uma trama que envolve o leitor do início ao fim, em uma narrativa dinâmica, fluida e envolvente, fazendo com que virar a página seguinte seja irresistível. 

Máscaras. Todo o tempo. Mais do que nunca, as aparências enganam... 






Esse é meu romance de estreia. Sinceramente, ficou legal (quem leu, gostou! rsrs)

Espero lançar a versão impressa em breve.

Abs!

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

A VIDA É UM BINGO

A vida é como um jogo de bingo. No começo sai um monte de números que estão na sua cartela, você acha que está tudo bem, que dessa vez vai ganhar, agora as coisas darão certo. Só que no instante  seguinte, nada! Nem mais um mísero número para ser marcado. Demora um tempão até sair de novo.  Quando vem a "seca" e outros marcam os números em suas cartelas, você fica frustrado e com inveja da "sorte" dos outros. De repente, logicamente, voltam a sortear seus números, mas alguém completa antes e você fica chateado porque só faltava uma dezena, estava pela boa...

Não tenha inveja e nem se frustre com a "demora" em ser contemplado. As  bolinhas não caem aleatoriamente. Há que se entender que os números em sua cartela são fatos que virão na hora certa para proporcionar as experiências que você necessita.  Assim como nas cartelas dos outros. Isso é simplesmente a Justiça dando exatamente o que todos precisam, no momento certo. Portanto, não reclame que um número demora ou não sai. Não veio para um, foi para outro. Comemore e agradeça quando ele sai e também quando não sai, pois o intervalo é o instante da reflexão e alcance de sabedoria. Você verá que todo número contém tudo o que você precisa para ser feliz. Se seu objetivo é completar a cartela, isso será consequência de ter entendido o que cada número te deu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

SÍMBOLO

Há algum tempo queria escrever sobre símbolos. E talvez esta época seja a melhor para tal.
O símbolo, em sua origem etimológica, era um sinal de reconhecimento: um objeto dividido em duas partes, cujo ajuste e confronto permitiam aos portadores de cada uma das partes se reconhecerem. O símbolo é, pois, a expressão de um conceito de equivalência havendo, portanto, uma "conjugação", uma "re-união". Designa aquilo que permite a sujeitos reunirem-se em volta do sinal de uma crença, valor ou ainda, uma aliança sagrada.
Assim, simbólico é mais do que meramente algo sem valor, como se fosse um prêmio de consolação. É muito mais. É algo que nos aproxima, que nos une em torno de um objetivo.
O diabólico, por sua vez, é algo que afasta, separa, coloca longe da Verdade.
Ao contrário do que a maioria das igrejas quer que seus fieis acreditem, a figura do diabo nada mais é do que tudo o que afasta uma pessoa do conhecimento, que o mantém na escuridão, longe da luz. Não se dão conta de que incutir ou aumentar o sentimento de medo é justamente o que resultará nesse distanciamento do conhecimento? Infelizmente, sabemos das intenções, estas sim, no real significado de diabólico.
A cruz é um símbolo. Fortíssimo. Muito antigo. Apresenta-se de diversas formas. Ao longo do tempo novos significados foram atribuídos a ela. Contém em si sabedoria.
Nessa época do ano, é natural um espírito mais solidário e caridoso. Uns tentam aliviar a consciência. Outros realmente sentem a vibração que se mostra em freqüência mais elevada, uma energia mais sutil.
O ideal é manter esse “espírito” durante o ano todo. Independentemente de circunstâncias. Para tanto, precisamos entender todos os ensinamentos que nos foram deixados por um mestre.
Tenha coragem. Saia da escuridão diabólica. Olhe para o símbolo, trabalhe, doe-se e SEJA o conhecimento que nos foi presenteado por aquele que foi pregado na cruz.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

TOLERÂNCIA

Muito tem se falado sobre tolerância. Drogas, homossexualidade, religiões estão entre os assuntos mais abordados nessa onda de tolerância propagada pela mídia. Então, cabe analisar do que estamos tratando aqui.
Escrevi um primeiro texto bem abrangente, mas que não era exatamente o que eu desejava expressar. Vou tentar de novo.
As pessoas estão confundindo tolerância e aceitação.
Um Mestre disse: “Nada é igual; tudo é diferente.” Por economia, não existe nada igual em todo o Universo. Afinal, cada coisa e cada ser têm sua função, individual. Sem desperdício e manifestando a Justiça absoluta. E são justamente as diferenças que fazem o movimento do Universo. Caso assim não fosse, tudo seria estático.
Há uma grande diferença entre aceitação e tolerância. Aceitamos algo por Compreensão, por Respeito. Entendimento da existência das diferenças.
Desse modo, podemos aceitar quaisquer condutas por entender que, se todos são diferentes, não há lógica em esperar ideias e atitudes iguais por parte de qualquer um. Quando as condutas são iguais? Quando as pessoas se submetem à vontade dos outros, do chefe, do professor, da sociedade, enfim, não exercem seu livre-arbítrio. Sobram raiva, frustração e crenças limitantes.
Portanto, posso entender o que leva uma pessoa a usar drogas, roubar, matar, torcer para o Corinthians, ser deputado, etc. Mas isso não significa que devo compactuar com condutas que claramente contrariam valores elevados. Alguém pode questionar esses valores e argumentar que são elevados na minha visão, mas podem não ser na opinião de outros.
Todos, em seu íntimo, sabem o que nos eleva em direção a algo mais belo e grandioso. Pensamentos de amor, gratidão, bondade, alegria nos trazem sensações boas, de liberdade, felicidade, paz. O contrário, pensamentos de raiva, vingança, ódio, frustração, nos empurram para o desânimo, a tristeza, nos afastam do belo, do luminoso.
Se você é Responsável, Paciente, Respeitoso fica muito mais fácil conviver com as diferenças, pois tendo princípios não se sente agredido por nada. E é justamente aí que reside o problema.
Muitos, por não terem princípios e valores, sentem-se agredidos . Defendem verdades pequenas, relativas, próprias. Esperam que todos aceitem estas verdades como absolutas. E, nos tempos que correm, chamam esse comportamento de tolerância, pois o contrário seria, justamente, agressão.
Trata-se de algo absurdo, pois obriga a quem discorda de determinada coisa (mas a entende) a se calar e ter de aceitar, inclusive, normas de conduta que contrariam seu modo de pensar. Algumas viram até lei. Corro o risco, ao me negar a fazer negócio com um homossexual, um negro, um nordestino, um judeu, um muçulmano, um crente, que isso seja interpretado como discriminação, ser processado e até preso. Qual a relação que há entre condutas e religião, etnia, opção sexual? Não há uma lei que me obrigue a alugar um apartamento para um branco, heterossexual, paulista se não gostar de seu perfil. Por que a diferença? Qual a lógica das cotas em faculdades e empresas? Outro dia um sujeito usava uma camisa onde se lia “100% negro”. Se eu usar uma camisa “100% branco” fatalmente serei acusado de racismo. Não posso ser contrário ao consumo de drogas, entender que é irresponsabilidade permitir a legalização e passeatas em prol da liberação da maconha e manifestar esse pensamento sem ser chamado de intolerante?
Aqueles que querem total tolerância, que nada seja contestado, têm uma visão distorcida, pobre em conhecimento. Por que tudo deve ser “tolerado”? Pode uma cultura, até uma civilização, sobreviver quando em seu próprio seio tolera aquelas que defendem o seu oposto (e aqui não falo de evolução, natural e inexorável, e sim de revolução)? Que se omite frente a barbáries e atrocidades, libertinagem e total ruptura de princípios e valores elevados?
E aqui entendo ser o ponto de esclarecimento, pois poucos sabem o significado de tolerância.
Diferentemente do senso comum, tolerar, em sua etimologia (tolerare – latim), é suportar pacientemente, resistir, combater, sofrer.
Assim, quando se tolera algo, o objeto da tolerância se mostra contrário àquilo em que acreditamos, ao que ressoa com nossas ideias. Daí a necessidade de suportar, resistir. Se você combate algo, é porque não gosta, não acredita, não entende, até sofre por aquilo. Alguém dirá que lutar contra algo atingindo até as raias da violência, é intolerância.
Partindo do real sentido do verbo, se tolerar é combater algo por este se mostrar contrário ao que reconhecemos certo (certo ou errado são conceitos relativos ligados diretamente àquilo que nos satisfaz, que nos causa admiração), a intolerância não seria exatamente a mesma coisa, a diferença residindo na intensidade do sentimento e da manifestação, portanto individual? Em rigor, todavia não faz nenhum sentido falarmos de tolerância entre seres iguais por natureza (como pregam os defensores do politicamente correto).
Agora, no sentido comumente usado do termo, algumas pessoas entendem que tudo deva ser tolerado. Mas elas simplesmente não toleram que outros não pensem ou ajam desta maneira. Em outras palavras, são intolerantes com os intolerantes. Qual a lógica? Onde está a Sabedoria em querer que as pessoas convivam sem discutir nada e chegar à elucidação dos pontos em questão? Diferentemente do alardeado, o tal do politicamente correto, ao policiar e até “proibir” a manifestação contrária de opiniões ao pensamento vigente, tornou-se um salvo conduto para que a crise moral em que a sociedade se encontra seja alimentada. E isto, além de triste, é muito perigoso.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fatos e Preconceitos

Muitas polêmicas têm surgido nos últimos tempos sobre preconceito, discriminação, politicamente correto. Tem gente, ao contrário, que sai em defesa do politicamente incorreto, posição esta que se mostra frágil quando algum comentário atinge algo de seu interesse. É necessário entender, em primeiro lugar, que todas as opiniões são válidas e razoáveis. Todos têm uma forma de pensar e as coisas fazem sentido dentro da razão de cada um. Uma música agrada mais a uns que a outros. Eu não gosto de Djavan, acho tremendamente chato. Minha mulher adora (aliás a maioria das mulheres também — compreendamos, pois). Não vou julgá-la e colocar um rótulo em sua testa porque temos percepções diferentes sobre uma determinada coisa.

Infelizmente, é o que tem acontecido. Se alguém gosta ou desgosta de algo, logo é taxado, condenado. Se é assírio, fenício, cartaginês ou celta, pronto lá vem uma enxurrada de considerações preconceituosas advindas de séculos, milênios de cultivo de mentalidades tacanhas, retrógradas, frutos do egoísmo. Tudo aquilo que se mostra contrário ou diferente do establishment deve ser combatido, afinal um comportamento subversivo, radical, pode comprometer a estrutura dominante. Isso vale para todos os sistemas políticos, religiões e doutrinas. A humanidade busca satisfazer seus desejos pequenos a todo instante. As pessoas não têm objetivos. Estão perdidas. Em nosso íntimo, sabemos que há algo mais e temos uma atração natural por coisas superiores. Porém, o medo e o egoísmo (entendê-los e superá-los são as lições que temos que aprender em nossa passagem pela Terra) fazem com que busquemos segurança. E é exatamente a "segurança" o que nos segura aqui, nos prende às coisas terrenas. Quando pararmos de caminhar olhando para baixo e contemplarmos a grandiosidade do Universo (e entendermos), deixaremos de ter medo. Não iremos mais nos apegar a coisas efêmeras que nos dão aquela "segurança". As pessoas vivem fugindo. São fugas psicológicas. Entopem os consultórios com suas hipocondrias e se entopem de remédios para alcançar um bem-estar que, se não estivessem cegas, bastaria olhar para dentro de si mesmas que descobririam. Não é fácil no início, mas com esforço e sacrifício todos podemos chegar. É simples. Basta dar aos outros aquela felicidade que sua alma anseia. Não a felicidade dos efêmeros, do ter. Esta só gera sofrimento.

E, em tudo isso, há algo errado? O que é certo e o que é errado? Se você considerar algo errado, por princípio, está entendendo aquilo como não factível e até proibido. Inclusive por Deus. Deus proibindo alguém de fazer alguma coisa é reduzi-Lo a uma dimensão ínfima e classificá-Lo como prepotente, rancoroso e vingativo, pois suas "ordens" não teriam sido seguidas. Onde fica o livre-arbítrio?

Suas manifestações são resultado de sua forma de pensar. Simples assim. Nada de errado há em coisa alguma a não ser na dimensão humana, que ainda precisa de controles. Isso pode chocar algumas pessoas, mas é importante ver as coisas como elas são. Tudo é reflexo do ponto em que você se encontra em sua caminhada, sua jornada pela vida. É fundamental em nossa evolução deixarmos de julgar buscando um veredito e uma condenação, pois aquele fato contraria suas crenças, sua forma de pensar.

As pessoas precisam distinguir fatos de opiniões. Essa onda de politicamente correto faz com que, ao contrário do que alegam os "democratas", haja intensivo patrulhamento e ninguém mais possa dar uma opinião (você pode ter, mas não dizer). Todos temos formas diferentes de enxergar as coisas e é necessário Respeito e Compreensão com as diferenças.

Exemplificando com um fato ocorrido com uma conhecida.

Ela disse que na Praça Buenos Aires há muitos judeuzinhos corados. Foi criticada e chamada de preconceituosa por alguns e defendida por outros.

Analisando: Higienópolis é um bairro em que moram muitos judeus. Muitas crianças destas famílias são rosadas (biotipo). A Praça Buenos Aires é um local de lazer muito procurado por quem mora no bairro. Assim, a Praça Buenos Aires ser frequentada por crianças judias rosadas é simplesmente um fato.

Fatos são fatos e servem apenas para que as pessoas os aproveitem como experiências e entendam as lições. Claro que devemos sempre considerar a intenção que é colocada nas palavras. Se você vê algo apenas como fato, sem julgamento ou preconceito, ótimo. Caso contrário, analise o porquê daquela reação e entenda o ponto que te incomoda naquele fato e que fez você se manifestar de maneira agressiva, ofensiva, irônica ou sarcástica.

Quanto ao preconceito podemos analisar da seguinte forma: se eu disser que uma pessoa é verde, isso é um fato. Porém, indo mais a fundo, ao destacar a cor da pessoa eu já estou fazendo uma distinção, estou qualificando aquele indivíduo da mesma maneira se disser que é alto, gordo ou careca. O ideal é não fazer isso, mas como utilizamos de comparações o tempo todo para entender as coisas, é natural que se atribuam qualidades a tudo e a todos. O importante e fundamental é: se for fazer uma comparação, compare-se com você mesmo. Quem você é hoje e quem você gostaria realmente de ser. Esta é a comparação que vale a pena. Seja melhor do que é hoje. Coloque isso como seu objetivo de vida e siga convictamente atrás dele. Um dia, fatalmente, você o alcançará.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Europa revivendo a Bastilha

O limite do suportável para a plebe francesa chegou à 14 de Julho de 1789. Esse foi o dia onde os franceses foram levados a um levante armado contra o Império, destituindo Luis XVI. A França dessa época era um "Estado pobre num país rico". Reestruturada por Luis XIV, a França evoluiu em termos comerciais e financeiros, mas com o poder passando de mão em mão sem a devida competência, todo progresso foi se desfazendo. Ao tentar controlar a situação na Assembléia dos Deputados, o rei Luis XVI perdeu a paciência e dissolveu o parlamento. Isso gerou insatisfação nos deputados que acabaram inflamando a população mais pobre para o levante. Toda população pegou as armas dos soldados e foram atrás da munição que se localizava na prisão de Bastilha. Toda pólvora do exército imperial ficava na Bastilha. Muitos presos políticos que lá se encontravam foram libertados e a Bastilha ardeu em fogo.

O motivo financeiro da Revolução Francesa foi nada menos do que desemprego. Sempre o desemprego e o consequente abuso dos patrões é que geram insatisfação e revolta popular. A história se passa em círculos e de tempos em tempos, com formatos diferentes, volta à tona. Crises financeiras são diferentes, mas são todas iguais. Diferentes nas datas, no modo de vida dos habitantes, nos meios tecnológicos, mas quando ocorre pânico, os sintomas são sempre os mesmos. E as consequências também.


A Europa está se inflando, mês após mês, e a insatisfação pela falta de emprego, crescente. Os EUA também vivem seu momento crítico com o Federal Reserve perdido e sem uma política clara e única. De Fevereiro desse ano para cá, os indicadores de débitos e desempregos só pioraram.

E a Espanha continua o pior e mais complicado país. Em fevereiro, o desemprego na Espanha era de 17%, que agora em setembro bateu os 20%. O crescimento do desemprego segue a mesma dinâmica da inflação. Quando atinge um certo rítimo de velocidade de crescimento se torna "hiper-desemprego". E quem foi o culpado de tudo isso?


Olhando os dados do Banco Mundial, tomamos para análise a relação créditos dos bancos/depósitos que mede quanto de crédito tornou-se disponível nos países. O resulado dessa relação crédito/depósito de 1993 até 2008 mostra porque Espanha e Irlanda estão seriamente atingidas.

Quando essa relação passa de 1, significa que há mais crédito no país do que depósitos nos bancos. Na Irlanda, antes da crise, o número de crédito era duas vezes maior do que o número de depósitos. Ou seja, duas coisas pode-se dizer da Irlanda: (a) O dinheiro do crédito era todo especulativo e de fora do país; (b) Os irlandeses não fizeram poupança, refletindo num depósito menor do que o oferecido ao mercado.


Outro fato interessante é olhar que devido às crises da Ásia, México, Rússia, Brasil e Argentina no final da década de 1990, o crédito é bastante contido e dispara depois de 2004. O que aconteceu de 2004 até 2008? As bolsas explodiram em retornos em todo o mundo. O crédito inflou as bolsas em todos os ramos, seja ele imobiliário ou mesmo de outros setores visto que as bolsas cresceram na proporção do crédito.

E com tanto crédito assim, por que ainda existe desemprego na Europa, a ponto de greves estourarem em quase todos os países? Porque o dinheiro do crédito não foi usado na economia real para gerar emprego, e sim no mercado financeiro para rendimentos rápidos em bolsas de valores. Um olhar para antes de 2004 evidencia que as bolsas tiveram um retorno sim, mas não dependente do crédito e sim da "fantasia" das empresas "dot com". Enquanto na década de 1990 as bolsas cresceram perante a bolha das "dot com", na década de 2000 cresceram graças a bolha de crédito. E justiça seja feita, não somente ao crédito imobiliário, mas ao crédito em geral, pois todo ele foi canalizado para as bolsas.


E agora, o que fazer com o desemprego? Tudo bem, o sistema financeiro foi salvo, pelo menos momentaneamente. Então é hora de perder o medo e cobrar o pagamento do empréstimo. Todos os bancos ingleses deram lucro nesse ano. Então é hora da Inglaterra retirar o dinheiro dos bancos e canalizar no emprego. É hora da Espanha deixar de proteger os bancos e proteger a população fazendo o crédito voltar a economia real e não no mercado financeiro.

A situação não é mais difícil na Europa; ela agora é crítica. Ainda não dá para dizer que é época da Bastilha, mas até o final do ano, 20% de desempregados vão querer uma solução. O desemprego é como opção de compra na bolsa de valores. Quando cai no início, longe da maturidade, sempre há uma esperança que vai voltar. Mas quando o prazo vai apertando para próximo do vencimento o desespero começa a tomar conta e o pânico começa a atuar. A Europa está nas últimas duas semanas da maturação da opção, se nada acontecer de bom para aumentar o emprego da população, vai faltar pólvora na Bastilha financeira.

Ou já se chegou ao "point of no return" e o sistema financeiro está caminhando inexoravelmente para o precipício. Os déficits chegaram a tal ponto que os sacrifícios exigidos das populações se mostrarão tão grandes que dificilmente serão tolerados. Revoltas e revoltas, cada vez mais violentas.

Além disso e provavelmente o mais grave: a crise de confiança.

As pessoas, além de não investirem, acorrerão aos bancos para sacar seus recursos. Em um movimento de manada, isso resultará em quebradeira, num primeiro momento localizada. O fenômeno logo se alastrará, contaminando as instituições do sistema financeiro, tanto privadas quanto públicas. 


Se analisarmos o mundo como está, nada mais natural que uma mudança abrupta tenha que ocorrer. E a magnitude deste choque só será sentida daqui a algum tempo. E não ficará restrita ao aspecto econômico. Será muito mais ampla.

Mas ao olharmos para trás, aqueles que tiverem força para reconstruir o mundo a partir do aparente caos, veremos que foi tudo necessário e não havia alternativa, afinal a escolha foi feita e as consequências... bem, as consequências são os resultados de que necessitávamos e procuramos, incansavelmente, pautar nossa conduta até alcançá-los.

Agradecimentos ao Prof. Dr. Marco Antonio Leonel Caetano, autor do texto original. Os acréscimos e modificações foram feitas para atender o espírito do blog.
















terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Filosofia da Bolsa

Algumas pessoas sugeriram e eu comecei a dar aulas sobre Bolsa de Valores. Afinal, operar no mercado financeiro passou a ser minha principal atividade profissional.

Ainda há muito a ser desenvolvido no formato do curso, mas um ponto sempre norteou meu pensamento a esse respeito: passar para os alunos a filosofia ali contida. Um amigo, inclusive, me incentivou a focar o curso nesse ponto. Não que a sistemática de operações e as análises técnicas fossem deixadas de lado. Mas, o importante é entender a natureza, a essência da Bolsa.

Podemos considerar o aspecto psicológico como protagonista nas relações de compra e venda de papeis nesse braço do mercado de capitais. Entretanto, há mais. O conhecimento contido no funcionamento de todo o sistema traduz o estágio em que a sociedade se encontra, diversos arquétipos sendo acessados e manifestados.

Somos espelhos dos outros, vivendo na ilusão da separação. Ao acordarmos, o Conhecimento tornando-se consciente, nada restará escondido. Estaremos integrados com o Todo e sabedores do que temos que fazer.

Quando as pessoas compreenderem o funcionamento dos mercados, não haverá mais mercado, pois todos os agentes antecipariam as ações e reações uns dos outros (na verdade, só existiriam ações). Nesse momento, a sociedade estaria em um ponto em que não haveria mais necessidade e, principalmente, sentido no capitalismo que hoje impera.

A ideia de uma sociedade sem ganância, não mais baseando sua felicidade na ilusão da posse de bens materiais (ilusão dupla), pode parecer utópica e até contraditória para quem ganha dinheiro da forma exatamente oposta. Entendo, porém, que inexoravelmente caminharemos para isso.

Não sei se estarei aqui quando esse momento chegar, mas até lá o mercado obedece certos padrões. Conhecê-los, portanto, faz toda a diferença para quem pretende vencer nessa sociedade.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ALTRUÍSMO (agradecimentos a Huberto Rohden)

Nessa época o “espírito natalino” fica em evidência e as pessoas procuram ser mais tolerantes e caridosas, pelo menos o que entendem por tolerância e caridade.

Infelizmente, isso dura pouco tempo. Logo o egoísmo volta a tomar conta e as vibrações, antes boas, de alta freqüência, retornam a seu estado rotineiro de baixas freqüências, carregadas de sentimentos de ódio, rancor, tristeza e desespero.

O homem, então, se concentra ainda mais em ter, passa a buscar a felicidade no acúmulo de bens materiais e essa busca, inevitável e inexoravelmente, se mostra equivocada e frustrante.

A felicidade não está em possuir qualquer coisa, nem em ter um relacionamento onde se procura tirar o máximo (e dar o máximo?).

“Procurai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo.”

É algo que o homem alcança em elevar sua espiritualidade, pelo autoconhecimento e integração com o Todo. Essa felicidade lhe será dada como um presente inevitável, como uma graça, quando o homem for incondicionalmente bom.

“Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.”

É imensamente difícil para o homem ser integralmente honesto consigo mesmo, não disfarçar intenções, não criar cortinas de fumaça para se iludir sobre os verdadeiros motivos de seus atos.

O espiritual deve ser buscado sem segundas intenções. O altruísmo é um meio para o homem abrir a porta a seu grande Eu, deixar de lado o egoísmo e encontrar Deus.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

TWEETS

"Aparentemente, não há nada que não possa acontecer hoje." Mark Twain
"Gratidão é a cura para a raiva e o medo." Anônimo
"As pessoas não irão te respeitar pelo que você ainda está por fazer". Tony Robbins
"Identifique seus problemas, mas coloque sua força e energia nas soluções". Tony Robbins
"Você vive mais quando percebe que qualquer tempo gasto sendo infeliz é desperdício." Ruth Renkl
"Atirar-se de cabeça, com intensidade e volúpia, em cada coisa é viver plenamente? Ou é não encarar seus medos, pontos escuros e paixões? Cada um que responda para si mesmo." Nikolayidis

DERROTAS QUE SE TORNAM VITÓRIAS

Por Roberto Shinyashiki
Há derrotas que criam o sucesso e vitórias que criam o fracasso. As lições que tiramos dos tropeços são um verdadeiro tesouro para futuros triunfos.
É muito importante tomarmos cuidado com as palavras “vencedores” e “perdedores”.
Para mim, vencedor não é aquela pessoa que ganha todas as disputas de sua vida. Essa obsessão de ganhar sempre tem criado a louca necessidade de vencer a qualquer preço.
Vemos pessoas talentosas que se destroem por não saber aguardar o tempo necessário para que seu trabalho frutifique. Vemos pessoas que vendem a alma ao diabo (que pode ser um chefe tirano, uma empresa sem ética, um trabalho sem prazer...) para conquistar um lugar ao sol. Triste ilusão. Essa cobiça desmedida é um atalho para o fracasso.
Você tem o direito de construir seu sucesso respeitando seus valores. Nunca abandone seus princípios para realizar uma meta.
Não se engane: esse tipo de vitória é artificial. É como um castelo de cartas, que pode desmoronar a qualquer momento por causa de uma simples brisa. Por isso o segredo das grandes árvores é ter raízes fortes. Lembre-se: há derrotas que criam o sucesso e vitórias que criam o fracasso. As lições que tiramos dos tropeços são um verdadeiro tesouro para futuros triunfos.
Na carreira de um campeão, sempre existem derrotas. Seu segredo é justamente tirar dali as lições para crescer. Já na carreira de um fracassado há algumas vitórias, que ele usa para se iludir. Você não deve se interessar pelo sucesso passageiro, e sim por aquele que é criado sobre uma base sólida.
Na verdade, se você fizer uma análise cuidadosa do mundo em sua volta, perceberá que, na vida, não há vencedores nem perdedores. É comum ver filmes em que alguns personagens rotulam outros de perdedores. Isso não existe. Ninguém é 100% perdedor nem 100% vencedor.
A verdade é que, em determinados momentos, a vitória nos sorri — e em outros não. É simples assim. Se você sofreu uma derrota hoje e aprendeu suas lições certamente terá um triunfo amanhã.
Ser um vencedor é ter a coragem de enfrentar os próprios medos e fantasmas. Ser um perdedor é viver em um mundo de ilusões, esperando que os outros se responsabilizem por suas dificuldades e culpando todos por seu fracasso.
Ser um vencedor é assumir a responsabilidade nas derrotas e nas vitórias. É ter a coragem de se olhar no espelho e se perceber dono de suas ações e de seus resultados.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

INNUENDO - QUEEN

While the sun hangs in the sky and the desert has sand
While the waves crash in the sea and meet the land
While there's a wind and the stars and the rainbow
Till the mountains crumble into the plain
Oh yes we'll keep on tryin' Tread that fine line
Oh we'll keep on tryin' yeah Just passing our time
While we live according to race, colour or creed
While we rule by blind madness and pure greed
Our lives dictated by tradition, superstition, false religion
Through the eons, and on and on
Oh yes we'll keep on tryin' We'll tread that fine line
Oh we'll keep on tryin' Till the end of time Till the end of time
Through the sorrow all through our splendour
Don't take offence at my innuendo
You can be anything you want to be
Just turn yourself into anything you think that you could ever be
Be free with your tempo, be free be free
Surrender your ego - be free, be free to yourself
If there's a God or any kind of justice under the sky
If there's a point, if there's a reason to live or die
If there's an answer to the questions we feel bound to ask
Show yourself - destroy our fears - release your mask
Oh yes we'll keep on trying
Hey tread that fine line Yeah we'll keep on smiling yeah
And whatever will be - will be
We'll just keep on trying We'll just keep on trying
Till the end of time Till the end of time Till the end of time

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O QUE TE DEFINE?

Você é aquilo que pensa. Então, seus pensamentos irão definir sua conduta, sua maneira de agir que, de um modo ou de outro, servirá de exemplo.
Mas as pessoas são resistentes a mudanças, afinal mudar significa sair da zona de conforto. A lógica é: melhor o sofrimento conhecido do que arriscar uma nova forma de ser - pode até dar certo, mas também pode gerar novas maneiras de sofrer. Então, continuamos no mundinho familiar, sem grandes riscos, gerenciando a mediocridade.
Aí você resolve meditar sobre sua vida e começa a chegar a algumas conclusões. Lembramos de nossa infância e juventude onde os limites eram poucos e normalmente vindos de fora. Havia coragem para ser e fazer e isso foi se perdendo com o tempo.
"Experiência de vida" dirão. Justificativa de quem resolveu blindar o coração e não permitir ser tocado.
Sentimos que nossa essência é outra, maior e de que estamos longe dela, submetendo-nos muitas vezes à mente coletiva, aos caprichos da sociedade.
" Eu sou assim?" você se pergunta após mais uma atitude que nada tem a ver com aquilo que você espera de si mesmo. "Agi porque sabia ser o certo ou fiz apenas o que achava que as pessoas queriam?"
Então, depois de vários momentos de mal-estar e sofrimento, escancarando cada vez mais a distância para seus objetivos, você para e diz: "CHEGA! PRECISO MUDAR E VOU MUDAR!"
Após esse impulso inicial em que o entusiasmo fala alto e te estimula a buscar (seja o que for), as provas começam a se suceder, testando sua vontade, pegando nos pontos que mais doem.
Esse é o momento da definição: vai em frente com coragem ou recua para a vidinha pacata?
Quando surgir a dúvida, pergunte-se a cada decisão, a cada ato: "Isso me define? Isso mostra quem eu sou?
Seu coração irá responder.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cópia, inspiração ou Inconsciente Coletivo?

Faz muito tempo desde minha última postagem. Vários os motivos para tanto, mas como não cabem justificativas, o que resta é analisar o porquê de isso ter acontecido.
Mas esta conclusão é algo pessoal e percorrer o caminho até ela é das coisas mais bonitas que alguém pode fazer (já tenho bons palpites como ponto de partida).
Agora, o título tem a ver com uma pesquisa que fiz no Google. Digitei Infinitas Ideias e apareceram vários blogs e sites com esse nome.
Podem ser cópias do meu. Pode ter sido uma inspiração. Ou apenas acessaram um conhecimento.
Pouco importa a forma como esses nomes surgiram. O mais relevante é que todos eles são a manifestação dessas pessoas, seres que estão no seu melhor e evoluindo. Portanto, cabe àqueles que acessarem terem isso em mente, respeitarem e compreenderem a razão de cada um.
Já seria um grande passo para uma convivência mais pacífica e harmoniosa.
Quanto aos blogueiros, que tenham responsabilidade, pois suas postagens podem e vão influenciar pessoas. Portanto, deem exemplo!

Até o próximo!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

DEUSAS AOS 40

À medida que os anos passam, as mulheres se preocupam cada vez mais com a aparência física. Umas mais, outras menos, mas todas, sem exceção, se entristecem quando percebem que os olhos e cabelos não têm mais o mesmo brilho, a pele perdeu parte de seu frescor e maciez, a disposição na manhã depois da balada está longe do que era.

Paradoxalmente, a segurança advinda da experiência faz com que estas questões sejam relegadas a um plano secundário. Naturalmente têm sua importância, mas a maturidade faz com que as mulheres exalem um charme absolutamente irresistível.

Já as deusas não! As deusas pairam acima dessas questões. Não precisam de faces delicadas, braços delgados, seios firmes ou pernas torneadas para nos seduzir. Até se mostram dessa forma, tal qual esculturas de Vênus, pois nós ainda precisamos disso. Mas elas têm plena consciência que é a beleza de seu interior que se faz visível.

As deusas são boas. Seus atos e palavras são carregados de compreensão e sabedoria, mas não o percebemos, homens limitados de estreita sensibilidade. As deusas estão à nossa volta! Em toda parte! Basta que prestemos atenção e aprendamos com elas! Assim, poderemos crescer e ser!

Alguém pode perguntar como sei tanto sobre deusas.
Simples.
Sou casado com uma. A maior delas. Uma deusa que me inspira todos os dias.

Não sei se consegui transmitir tudo o que penso e sinto, mas nesta ocasião, 40 anos desde que foi colocada neste planeta, tentei homenagear esta deusa que me escolheu como súdito e adorador, uma criatura tão especial que me faz querer ser um homem melhor.

Parabéns, meu amor!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

GUERREIRAS

Ouvi uma vez que nada há de grande na guerra.

Mas há guerreiros que lutam sem usar violência. Que fazem de sua força para enfrentar a vida, uma inspiração. Pessoas cujos exemplos de conduta são seus tanques de guerra e sua munição palavras que nos levam a acreditar que vale a pena buscar algo mais elevado.

Uma pessoa querida nos deixou (pelo menos em relação a esse plano), mas sua despedida foi algo marcante. Muita gente se reuniu para prestar uma última homenagem. Gente que, assim como eu, não a conheceu, mas sabia se tratar de alguém especial. Alguém que foi escolhida por suas filhas, netos e todos aqueles que a colocaram em suas vidas como um ser de fundamental importância em sua caminhada neste planeta.

Uma guerreira.

Uma guerreira com muita coragem para enfrentar as dificuldades.

Uma guerreira que contrariou todos os prognósticos para continuar a dar exemplo.

Uma guerreira que mereceu um prêmio final, raro privilégio, de ter à sua volta aqueles que amava em seus momentos derradeiros.

Uma guerreira cujo legado criou e inspirou outras guerreiras.

Uma mulher que o exato instante de sua partida foi chorado por todos os anjos com tristeza e alegria, as lágrimas derramadas usadas para lavar o caminho para uma grande guerreira se juntar ao exército do Céu.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O QUE TE MOVE?



O que te move?

O que faz com que as pessoas saiam da paralisia dominante do nosso tempo e sigam em busca de algo maior, um significado para suas vidas?

Pior: até onde as pessoas estão dispostas a chegar para terem seus desejos satisfeitos? Quais valores e princípios serão esquecidos, colocados de lado para se conseguir essa felicidade, assim mesmo, pequenininha?

O caminho, desse modo, é como aquela figura da carroça, o burro e a cenoura. Nunca serão atingidos os objetivos (normalmente ignorados) quando o preço é passar por cima de tudo e de todos a fim de se atingir um determinado ponto. Aparentemente até se alcança, mas em um nível absolutamente rasteiro, condizente com nosso estágio evolutivo.

Dinheiro é bom. Poder é bom. Sexo é bom. As maiores alavancas de nossa sociedade.

Não são fins. São apenas, apenas, meios que devem ser usados com sabedoria. Não se pode ser escravo desses elementos; há que se dominá-los e não se deixar conduzir pelos aparentes charme e glamour e por aquilo que o nosso mundinho convencionou chamar de sucesso.

Novamente: o que te move?

Respostas para a redação

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

IDEIAS



Bang!Bang!Bang!Bang!

(Mr. Creedy) - Morre, desgraçado! Por que você não morre?

(V) - Porque atrás desta máscara, não são apenas músculos. Por baixo deles há ideias.

E ideias, Mr. Creedy, são à prova de balas.



V de Vingança

sábado, 22 de setembro de 2007

JULIA

Partimos em disparada em nosso aeromóvel e tentamos não ultrapassar o limite de 450 milhas por hora daquela via aérea. Já passava das dez da noite e o tráfego havia diminuído bastante, proporcionando condições para manobras mais arriscadas.
Não podíamos perder tempo. O pequeno James tinha que ser submetido a uma intervenção imediata. Do contrário, resistiria alguns poucos dias.
Estava sendo muito duro para nós. Não conseguíamos compreender por que aquela criatura inocente e indefesa se encontrava em tal situação. Conhecíamos, logicamente, a natureza do problema. Entretanto, era algo mais profundo o que buscávamos.
— Você não pode ir mais rápido?
— Não há necessidade. Pelos cálculos do computador, conservando esta velocidade, chegaremos ao laboratório em sete minutos e quarenta e dois segundos. Qualquer aumento de velocidade alertará os sensores eletromagnéticos da aerovia que interromperão o fluxo de energia do motor. Se acelerarmos, levaremos mais tempo para chegar do que mantendo esse ritmo.
— Sempre preciso. O que faria sem você?
— Provavelmente nada. Agora, temos que nos concentrar em James.
— Não há mais o que fazer. Apenas os especialistas poderão nos ajudar. E a James.
— Eu sei. Tenho certeza.
— É natural. Não poderia ser diferente.
Permanecemos calados o restante do caminho. As coisas estavam um pouco diferentes. Até nossos diálogos haviam mudado. Reflexo do momento.
Chegamos ao laboratório e levamos James ao centro de exames e diagnósticos. Era uma formalidade que tinha de ser cumprida antes de qualquer intervenção delicada como aquela.
Através dos enormes vidros e com a ajuda dos monitores digitais de alta definição, acompanhávamos atentamente o que acontecia a James. Instintivamente, demos as mãos. Outro ato que não combinava conosco, inconcebível até pouco tempo. Entretanto, Julia pareceu não perceber, absorta que estava nas imagens que chegavam da sala central, onde o exame prosseguia. Algum tempo depois, o chefe da equipe veio até nós. Seu semblante denotava preocupação.
— Então? Pode ser feito algo? — perguntei.
Percebendo nossa aflição, doutor Zach começou a explicação.
— O caso é complicado. Analisamos todas as possibilidades e só há uma alternativa.
Escutávamos apreensivos. Temíamos a confirmação das nossas piores expectativas. Já não estávamos de mãos dadas. Naquele momento eu e Julia nos abraçávamos, chocados e emocionados de uma forma inédita.
Assim que o Dr. Zach terminou a explanação deixou-nos a sós. Precisávamos digerir tantas informações e nos fechamos em uma sala mais reservada.
— E agora? O que faremos?
— Não nos resta alternativa. Ele necessita de um implante e só eu posso doar.
— Mas será fatal...
— Eu sei.
E assim que proferiu essas palavras, Julia abaixou a cabeça. O que presenciei a seguir me deixou perplexo. Apesar dos programas que simulam emoções estarem cada vez mais desenvolvidos, pela primeira vez vi um andróide chorar.
James era um andróide criança. Moderno, porém com componentes antigos, sofria uma incompatibilidade entre seus chips. As funções vitais não eram controladas perfeitamente e os exames mostraram que apenas um chip específico poderia evitar o colapso do sistema. Entretanto, tratava-se de um dispositivo raro, usado em pouquíssimas unidades Beta-5 e já desaparecido do mercado. Nem mesmo a tecnologia utilizada estava mais disponível.
Resignada, Julia levantou-se e caminhou em direção à porta da sala. Parou, fitou-me nos olhos e disse um adeus melancólico, com sentimento, somente visto em mulheres de verdade. Não que ela não fosse. Pelo contrário. Julia era mais mulher e mãe que a maioria dos seres humanos do sexo feminino. Sabia que não poderia continuar vivendo depois que seu chip central fosse retirado e implantado em James e, mesmo assim, não se importava. Ela o amava como a um filho de verdade. Para sempre estaria longe de mim e de James, mas Julia transcendera a condição de um organismo cibernético para transformar-se em uma criatura divina, completa, cheia de amor e entrega, sacrificando-se pelo filho sem hesitar por um só instante.
Hoje, James está perfeito e sempre me pergunta a respeito de Julia. Sinto muita falta dela e acho que ele também, apesar do pouco tempo que passaram juntos. Conto histórias sobre nós e como ela foi corajosa em se sacrificar por ele.
Felizmente, ele não se sente culpado pelo destino que coube a ambos. Quanto a mim, presenciei um milagre: uma máquina derramar lágrimas de emoção é daquelas coisas que só o amor torna possível.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

LIVROS

Falemos de livros.
O normal é pensar naqueles que nos marcaram. Ou que acabamos de ler.
Pensando em autores, há alguns cuja narrativa nos empolga, outros que sabem criar um suspense com un grand finale. Outros ainda que nos ensinam e inspiram.
Mas... quantos são?
Melhor: quantas pessoas podem citar cinco escritores, só cinco, que realmente fizeram alguma diferença em suas vidas através de suas histórias?
Não falo daqueles livros que éramos obrigados a ler na escola. Estou me referindo à leitura "voluntária".
Sem preconceitos contra estilos ou segmentos, a grande massa, infelizmente, nunca abriu um livro, a começar por aquele que deveria dar exemplo: o grande molusco barbudo.
Será que as pessoas leriam mais se soubessem o quanto aumentariam sua capacidade cerebral?
"Ah, mas livros são caros" dirá o mais apressado. Com exceção de aldeias, vilas e comunidades isoladas, qualquer município dispõe de biblioteca pública. Se pensarmos apenas nas grandes cidades, há sebos, bancas de jornais que vendem livros baratos e, é claro, as bibliotecas.
Algumas iniciativas como o PROJETO ILÚMINA (falaremos disso em outro momento) buscam incentivar a leitura, mas são gotas num oceano de ignorância e descaso, tanto do povo como, principalmente, das autoridades responsáveis pela disseminação da cultura.
A inclusão dos indivíduos em uma sociedade democrática e no mercado de trabalho passa, obrigatoriamente, pelo acesso à educação, seja ela formal ou auto-ditada. Um povo que não lê e não se instrui está condenado a permanecer nas trevas, eternamente dominado por elites inescrupulosas que se aproveitam da ignorância da população para, cada vez mais, oprimi-la.
Independentemente de regime político ou sistema econômico, Idade Moderna, Média ou Contemporânea, conhecimentos e informação sempre foram as ferramentas mais poderosas para que as pessoas atingissem seus objetivos.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, um número incomparavelmente maior de pessoas passaram a ter acesso (não que façam uso) às informações contidas em livros, jornais, revistas e veiculadas por rádio, TV e mais recentemente, Internet.
Entretanto, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento como o Brasil, a esmagadora maioria da população está longe de uma educação de boa qualidade. Considerando-se, então, programas sociais voltados para levar mais cultura à grande massa, o abismo se mostra gigantesco.

Programação de rádio e televisão de baixa qualidade, letras de músicas sem nenhum conteúdo, revistas e shows televisivos que tratam de fofocas sobre artistas proliferando a uma velocidade espantosa, enfim, caos total no que diz respeito à transmissão de conhecimentos por parte de quem detem o poder de atingir o grande público.
Até por uma questão de índole, o brasileiro é acomodado e espera que os outros resolvam seus problemas. Muitos aguardam soluções milagrosas vindas do céu para solucionar suas dificuldades, sejam elas financeiras, de moradia, saúde e também, educação e cultura. Sem contar a apatia com que acata os desmandos e abusos nas esferas política, econômica, etc.
Ao contrário, deveriam sim buscar sempre uma melhor condição de vida no que tange a todos os aspectos mencionados. E, se de um lado, o brasileiro não briga por seus interesses, por outro também não se mobiliza no sentido de promover iniciativas que alterem o atual estado de coisas.
Há muito trabalho voluntário sendo realizado em todo o país, mas se for considerado o tamanho da população, o resultado dessas iniciativas isoladas é desanimador, menos para aqueles que sentem prazer em se doar e que podem ver a alegria estampada no rosto daqueles que recebem os benefícios dessas ações altruístas.

domingo, 2 de setembro de 2007

TEMPO

Entre os questionamentos que o ser humano sempre se fez, o tempo está entre os principais. A maioria tenta lidar com a percepção do que é a passagem do tempo.
Para Kant, trata-se de algo relativo, uma percepção; algo que permite nossa existência como indivíduos, pois apenas em nossos sentimentos é percebida a sucessão de fatos, e não a real simultaneidade dos mesmos.
E daí?
Que diferença faz saber isso?
Na prática, muito pouca. Até porque, na verdade, na Terra dispomos de espaço.
Estamos em um planeta baseado na matéria, em estruturas tridimensionais e nossas manifestações obedecem às leis que regem exatamente as relações materiais. Obviamente, não é só isso. Há os lados mental e espiritual que, infelizmente, não são desenvolvidos por quase ninguém. Mas isso é assunto para outra ocasião.
O ponto é: já que percebemos sua existência, o que fazemos com esse escasso tempo, ou melhor, espaço, que foi colocado à nossa disposição?
Vivemos reclamando do pouco tempo que temos para fazer as coisas, mas... que coisas? Sim, é pouco. Todavia, empregamos este precioso espaço em que coisas tão importantes assim? Esse espaço é para viver experiências e colher resultados.
Uma época resolvi andar com um caderninho e anotava tudo o que fazia e quanto tempo levava.
Fiquei impressionado como um simples artifício otimizava o aproveitamento de cada minuto. Se não fosse assim, ficaria evidente o desperdício.
O ponto é outro: posso maximizar a utilização do tempo em meu trabalho, no lazer, nas tarefas domésticas, mas o quanto eu me aproximo de meus objetivos (quais? tenho realmente objetivos? um, pelo menos, que valha a pena?)?
Será que uma pessoa se atirar de cabeça, com intensidade e volúpia, em cada coisa que faça é viver plenamente? Ou essa entrega é uma forma de não encarar seus medos, seus pontos escuros, suas fraquezas e paixões, tudo aquilo que nos afasta do real propósito da nossa existência neste planetinha?
Temos, na verdade, que usar o tempo/espaço para prestar mais atenção às coisas que nos cercam. Precisamos parar de fugir das nossas responsabilidades para com os outros e, principalmente, para conosco mesmos.
Nossa busca deve ser o crescimento como seres humanos e este espaço, meus amigos, é algo precioso e fundamental para que essa evolução ocorra aqui e "agora".
"THE SANDS OF TIME WERE ERODED BY THE RIVER OF CONSTANT CHANGE" (Peter Gabriel)